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domingo, 29 de setembro de 2013

Hipertensos e exercício

Segundo estudos, mais de 25% da população adulta sofre de hipertensão. Um indivíduo é considerado hipertenso se sua pressão arterial sistólica ultrapassa 140 mmHg e/ou 90 mmHg para a pressão arterial diastólica. Estatísticas de mortalidade cardiovascular apontam para a hipertensão como causa de 40% das mortes por acidente vascular e 25% das mortes por doença arterial coronariana. Um estudo norte-americano afirma que aproximadamente 30% dos adultos hipertensos ainda não sabem que possuem a doença, e mais de 40% dos que têm conhecimento da doença não procuram tratamento.
A prática de exercícios físicos reduzem os níveis de pressão arterial. Segundo um estudo de uma de minhas professoras da USP, Claudia Forjaz, uma sessão de exercício com duração de 45 minutos promove uma maior e mais duradoura queda da pressão arterial quando comparada à uma sessão de exercício realizada por um período de 25 minutos, chegando a níveis de pressão arterial bastante inferiores aos níveis de repouso. Alguns autores afirmam que a intensidade do exercício deve estar entre 65 a 80% da freqûencia cardíaca máxima, que pode ser obtida através de testes laboratoriais (maior precisão) ou através da fórmula 220 menos a idade do indivíduo (menos precisa. Ex: indivíduo de 40 anos > FCmáx = 220-40 = 180 bpm).
Estudos indicam ainda que monitorando a pressão arterial pós-exercício, verifica-se uma redução na PA durante as 22 horas subsequentes, tanto em períodos de sono e vigília (acordado), se comparado a indivíduos que não realizaram atividade física. Essa redução nos níveis da PA ocorre pela diminuição no débito cardíaco e, em pacientes de meia-idade, também pela menor resistência vascular periférica. Estudos apontam ainda que o treinamento físico duradouro pode reduzir os níveis de pressão arterial de maneira crônica, ou seja, por muito tempo. Além disso, o risco de se tornar hipertenso é 50% maior em indivíduos sedentários. Outro efeito de grande importância é a possibilidade do treinamento físico reduzir a dosagem de medicamentos anti-hipertensimos, e em alguns casos até na suspensão da medicação, reduzindo os efeitos colaterais do tratamento medicamentoso.
Dessa forma, a atividade física, quando bem supervisionada, contribui para a prevenção e o tratamento da hipertensão arterial. No entanto, é importante ressaltar que o indivíduo deve realizar um exame clínico antes de iniciar um programa de exercícios, bem como o acompanhamento médico durante todo o período de treinamento.

sábado, 28 de setembro de 2013

Posso treinar musculação e corrida juntos?

Uma discussão comum na área de Ed. Física é a de se treinar musculação e corrida concomitantemente, o popular treinamento concorrente. A  questão não é fácil de ser respondida, uma vez que existem muitos estudos controversos na literatura da área.

Uma coisa parece certa: se o treinamento aeróbio for muito intenso, ocorrerá menor hipertofia devido à diminuiçâo nas reservas de glicogênio muscular, resultando em um menor ganho de força. Em estudos presentes na literatura, quando a frequência semanal de treinamento aeróbio era no máximo 4 vezes na semana e o volume de treinamento não era elevado, não ocorreu prejuízo sobre o treinamento de força. Já quando essa frequência semanal era maior ou o volume/duração do treinamento aeróbio eram elevados, ocorreu sim prejuízo ao ganho de força e hipertofia.  Estudos ainda revelam que o treinamento concorrente produzia ganhos de força maiores se realizado em dias alternados, em comparação ao treino aeróbio e de força realizados no mesmo dia.

Desta forma, parece correto afirmar que o treinamento aeróbio intenso prejudica os ganhos de hipertrofia. O que parece ser abominável para a maioria dos homens, pode ser uma estratégia bem interessante para as mulheres que não querem ficar "musculosas".